segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A engranagem da procura por emprego...

Ontem (18.11.2010 - dia que escrevi o post ;) ) fez 1 mês que eu estou na Alemanha. Pra coroar esse dia eu fui novamente chamada para ir fazer um entrevista em Paderborn. Só que agora a entrevista era com o chefão do Grupo de Redes da Universidade de Paderborn. Ele recebeu meu CV pelas mãos do outro prof. que tinha recebido o meu CV através de um colega de grupo do Kristian, que por acaso viu meu CV e achou interessante repassá-lo para pessoas que ele conhecia.

Essa última entrevista que eu fiz eu fiquei com uma boa sensação. Mas o processo em si é bem estressante. Começa com a troca de emails para saber o que exatamente o entrevistador está esperando que eu mostre pra ele. Depois é montar uma apresentação - não tão profunda mas também não tão superficial. Aí é viajar pra cidade, pegar o ônibus certo, achar a parada e o local exato da entrevista. Uma vez lá, vem a parte do primeiro contato... que é sempre algo não muito fácil... é difícil saber como agir na frente de uma pessoa que está te avaliando e que tu nunca viu antes. Nessa entrevista, o prof. pediu pra eu fazer uma apresentação de 30 min, e a sala tava cheia com os alunos e outros professores do grupo. Ufa! Vamos lá!! No momento eu pensei: eu já fiz isso antes... consigo fazer de novo!! E toquei ficha... me bater era a única coisa que eles realmente não poderiam fazer... Receber perguntas, caras feias pro meu trabalho, e constatações das milhares de coisas que eu deveria ter feito e não fiz... já não me assustam tanto... acho que já tô criando uma casquinha mais grossa nos meus "machucados", hehehe.

Aí depois da apresentação e sessão de tortura - ops... perguntas - vem o jogo pra valer em uma conversa somente com o chefão! Ter que responder perguntas do tipo: qual a sua expectativa sobre o trabalho aqui??? Eu não tinha a menor ideia do que seria o trabalho porque eu fui chamada pra uma entrevista sem existir uma vaga aberta! O que você quer exatamente??? Será que "sei lá" seria uma resposta válida!?! Bom, mas vamos lá! Faz parte do jogo! E tem que se ter um jogo de cintura, heheheh. Viva as minhas aulas de lambada quando eu era adolescente!!! Hahahaha. Quando tu pensa que acabou... não... tem mais ainda! Aí o chefão me passou pra outro professor do grupo. Eu suspeito que ele fez isso para ter uma segunda opinião. Eu fiquei jogando conversa fora com esse outro professor por mais de 1 hora!!! E haja small talk!!!! Hahahaha. Na verdade conversamos um pouco sobre trabalho (a área dele não era muito perto da minha, então fica difícil ser mais específica) mas a maior parte do tempo foi papo furado. Mas foi bem legal. O que eu mais gostei desse grupo é que eles são super alemães no jeito de ser, mas eles conseguem aliar ao jeitão alemão um bom senso de humor e uma sensação de que é agradável ficar perto deles. Eu convivi um pouco com alemães que são bem difíceis de lidar. Sabe aquelas pessoas que contestam TUDO que se diz.. pois é... não é fácil! Eu até troquei algumas brincaderias/piadas com o chefão e com o professor. Foi bem legal mesmo. No final... saí de Paderborn com uma sensação muito boa... bem diferente da sensação que eu tive na minha outra entrevista que fiz nessa cidade.

Durante esse 1 mês que estou aqui, eu já mandei 5 CVs. Tive 1 resposta de que não tem vaga no momento, 2 não responderam nada, 1 ainda está aberta o processo de submissão de CV e por isso não tive resposta ainda, e 1 que me rendeu uma entrevista (onde fui descartada pro grupo deles :( ), mas que me rendeu a indicação pra outro prof que rendeu essa última entrevista (e a possibilidade mais concreta de uma oferta de emprego).

O Kristian nesse tempo todo sempre me disse que eu precisava fazer essa engrenagem da procura de emprego girar... Que eu tinha que começar a colocar meu nome no mercado, e que aos poucos uma pessoa falava pra outra, que passa a informação adiante... até que em algum momento eu iria encontrar alguém que precisa de uma pessoa com o meu perfil.

Acho que estou conseguindo colocar essa engrenagem pra girar. Nada está muito certo ainda, e como diz o Kristian, eu só posso considerar que eu tenho um emprego depois que eu assinar o contrato. Até lá muita coisa pode acontecer e nada é certo...

Mas todo esse processo é super desgastante... Por muitas vezes eu tenho a impressão de que essa busca nunca vai terminar. É bem complicado lidar com a rejeição, ou com a falta de resposta, e principalmente com o fato de que eu nunca vou saber exatamente porque eu não fui selecionada ou porque nem me responderam... Não é nada fácil! É preciso dedicaçã e ficar atenta a sites, listas de emails, e pessoas que formam o TPC das conferências da área que se quer atuar... Tudo isso ajuda.

O fato é que não dá pra desistir! É difícil, é... mas também é possível! E o que me deixa segura é que a possibilidade de vender côco na praia está sempre disponível!!! Heheheh

Até breve!!!

2 comentários:

  1. Ôba ! Notícias novas e promissoras ! Na torcida !! Quanto ao cocô, vender na praia não sei não mas recolher cocô da praia até pode funcionar huahuahaua.

    Bjão.

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  2. Hi,
    All the best for the job in Paderborn. Sonja studied there and Dortmund-Paderborn is not that much of a distance (compared to what we are doing now). By the way, Christoph Sorge (Ex-NLE) is Junior Professor in Paderborn.

    Cheers,
    Mario

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